Até amanhã (13), a Defensoria Pública receberá alunos que não conseguiram o financiamento estudantil do Fies e reclamam que as universidades onde eles se matricularam estariam cobrando taxas para cancelar a matrícula, feita para garantir a vaga. Aproximadamente 500 alunos já foram atendidos. A Defensoria solicitou para os alunos que estejam enfrentando o problema, que entreguem os documentos comprobatórios até esta sexta-feira (13), quando o órgão deverá ingressar com ações judiciais contra as faculdades.
Eudilene Vieira, estudante do primeiro semestre de nutrição, relata que ainda não está matriculada, pois a faculdade não está recebendo, por enquanto, o financiamento do FIES, o que acaba prejudicando os estudos. “Estou me sentindo completamente prejudicada. Meu curso é mais de 800 reais. Não tenho como pagar. O MEC só fala que vai liberar as matriculas a partir do dia 1º de abril. E eu não posso esperar, até porque as provas já vão ser realizadas no mês que vem”.
A instituição a qual pertence Eudilene possui cinco turmas de nutrição formadas para este semestre, com 40 alunos em cada sala. Nayla Silva é uma delas. Segundo Nayla, a faculdade já está gerando boleto para os alunos. “A faculdade já gerou três boletos para pagarmos, fora a matrícula. Não temos como fazer isso”.
De acordo com o Defensor Público associados da ADPEP, Johny Giffoni, algumas instituições teriam prometido 100% de financiamento via Fies para atrair novos alunos e agora não teriam as vagas anunciadas disponíveis. “Começamos atender esses estudantes. Fazemos primeiro a catalogação dos problemas, individualmente, após isso vamos separar cada um. Diante disso já marcamos uma reunião com a Unama e o Grupo Ser Educacional. Vamos reunir com todas. Algumas chegaram a fazer propaganda enganosa, pois não ofereceram a quantidade de vagas divulgadas”.
Foi agendada para o próximo dia 19, uma audiência pública que vai acontecer na ALEPA, às 14h. Até lá, a defensoria entrará em contato com as faculdades para ouvi-las. “Vamos continuar recebendo os alunos, e tentar solucionar as demandas. Haja vista que o nosso objetivo é tentar resolver o problema entre alunos e faculdades. Vamos também entrar em contato com as instituições denunciadas para melhor resolver os problemas”, explicou Giffoni.