No período em que defensores públicos reuniram-se em Brasília para acompanhar a votação em segundo turno da PEC 247/13, Marialva Santos e Sérgio Lima, atuais presidente e vice-presidente da Associação da categoria no Pará (Adpep), aproveitaram a estada na capital federal para visitar o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde foram recebidos pelo secretário-geral Cláudio de Souza Neto. Na reunião, requerida pela Adpep e Associação Nacional dos Defensores Públicos. Também esteve presente a presidente da Anadep, Patrícia Kettermann.
O encontro foi motivado pela situação em que se encontram defensores e membros da OAB Pará com relação à citação de nomes e atuações dos primeiros no relatório sobre a situação do Sistema Carcerário do estado.
Em conversa, Marialva Santos relatou a situação do ponto de vista dos defensores, informando que foi extrapolado o limite institucional, falou dos malefícios, que segundo a categoria, virão com a manutenção dos pontos questionados no documento e a respeito da audiência pública feita para tratar do assunto, da mesma forma que mencionou a opção de saída de membros da carreira da Ordem. Patrícia Kettermann complementou afirmando que todos os defensores brasileiros estão indignados com o posicionamento da OAB do Pará, o que pode abalar a relação, “a prova disso é a vontade de alguns defensores de desligar-se da Ordem”, mas a orientação da associação nacional em nenhum momento é essa.
Os defensores públicos presentes solicitaram a exclusão dos nomes que constam no relatório, explicando que o que deveria constar seria a sugestão de aumentar o orçamento da Defensoria Pública do Estado do Pará e a realização de concurso público, uma vez que um dos grandes problemas da instituição é a carência de profissionais, principalmente no interior, ocasionando o excesso de demandas aos defensores.
De acordo com o secretário-geral, a orientação do Conselho Federal não é de expor nomes ou atuações, seja de qualquer profissional. “Em breve teremos uma reunião com os presidentes regionais e abordarei o assunto com o representante do Pará para verificar o que vocês expuseram e retornarei para falar o que me foi passado”, disse Cláudio.