Centenas pescadores que vivem na região do rio Tocantins, no sudeste do Pará, se reuniram na última quinta-feira (4) para o I Fórum Socioambiental das Comunidades Ribeirinhas, Extrativistas no Entorno do Pedral de São Lourenço. O evento, que aconteceu na cidade de Itupiranga (PA), discutiu o futuro das comunidades que devem ser impactadas pela construção de uma hidrovia, planejada com a derrocada do Pedral.
O Fórum contou com o apoio da Associação dos Defensores Públicos do Pará (ADPEP), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Embrapa e de outros grupos de apoio às comunidades ribeirinhas e preservação ambiental. A Defensoria Pública atuou tirando dúvidas da população sobre os processos do empreendimento.
Apoiado pela ADPEP, o Defensor Público Agrário Rogério Siqueira dos Santos participou, na última quinta-feira (4), da mesa “Comunidade, Estado e Universidade”. Ele atua nos municípios de Marabá São Geral do Araguaia e Piçarra (termo de São Geraldo do Araguaia). “O objetivo deste evento é dar visibilidade ao povo daquela região, colocando-o como protagonista no debate sobre o direito ao seu território”, explicou.
O evento também esclareceu para s comunidades detalhes da execução da obra, ressaltando as consequências que isso pode causar. Como o Pedral será explodido, foram abordados os efeitos que essa ação deve causar na economia local.
O projeto foi proposto pelo governo federal há 10 anos. Orçado em R$ 600 milhões, a obra busca dar mais trafegabilidade ao rio Tocantins. A empresa “DTA Engenheira” irá executar o empreendimento. Em março deste ano, o governo anunciou que começaria as explosões das pedras. Essa ação deve atingir diretamente a economia da população local, pois irá interferir no ecossitema, explica o Defensor Público.
“Nós ficamos agradecidos pelo apoio da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Pará. Nossos sinceros agradecimentos pelo apoio”, disse o Defensor.