ADPEP participa de assembleia extraordinária na ANADEP, em Brasília-DF

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A Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP) realizou uma assembleia geral extraordinária na última terça-feira (3), com participação híbrida. Presidida por Rivana Ricarte e os vice-presidentes Juliana Lintz, Fernanda Fernandes e Mário Rheingantz, a reunião contou com a presença destacada de Bruno Braga, presidente da Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado do Pará (ADPEP).

Houve atualizações sobre o XVI CONADEP e o balanço da Ação Nacional coordenada pela Comissão Temática de População em Situação de Rua da ANADEP em torno do Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua.

Bruno Braga, presidente da ADPEP, representou a associação na reunião

Durante o encontro, foram discutidos diversos temas de interesse, incluindo o andamento da PEC 66/2023, a construção de emendas para o Fundo Nacional de Segurança Pública e as Missões de Observação Eleitoral 2024, para as quais a ANADEP foi selecionada pelo TSE. Sobre a PEC 66/2023, que aguarda despacho na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ela é originalmente destinada a renegociar as dívidas previdenciárias dos municípios e definir limites para o pagamento de precatórios, a PEC sofreu alterações significativas durante a votação no Plenário do Senado. Entre as mudanças, destaca-se a imposição automática das regras da EC nº 103/2019 aos estados e municípios que ainda não atualizaram seus regimes próprios de Previdência, ou que instituíram regras abaixo dos limites da legislação federal, sem que houvesse o necessário diálogo com os servidores públicos.

Na assembleia, discutiu-se ainda o PL 2920/2024, que dispõe sobre o Fundo Nacional de Segurança Pública. A ideia é construir emenda para possibilitar que a Defensoria Pública seja uma das carreiras destinada a receber os recursos.

A vice-presidenta administrativa da ANADEP, Fernanda Fernandes, narrou a reunião com o Secretário Nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato, que se comprometeu em levar os pleitos da ANADEP para a reunião do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).

Na pauta jurídica, o destaque da AGE foi a discussão sobre as Missões de Observação Eleitoral 2024. A ANADEP foi uma das entidades selecionadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a atividade. Regulada pela Resolução nº 23.678/2021, a MOE contribui para o aprimoramento do processo eleitoral, garantindo transparência e integridade ao pleito. Sem interferir ou auditar o processo eleitoral, os observadores das MOEs visitarão locais de votação, especialmente as seções eleitorais. No momento, a ANADEP e as Associações Estaduais estão selecionando os nomes dos(as) defensores(as) que participarão das MOEs.

Logo após, a assembleia focou no debate sobre a questão da advocacia dativa. Rivana Ricarte falou sobre as audiências com os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Neste item, o presidente da APIDEP, Jeiko Leal, falou sobre como a Associação tem lidado com o avanço do tema no estado e, logo após, outras Associações Estaduais apresentaram as perspectivas regionais em relação ao tema. No fim, a presidência da ANADEP retomou a organização do GT de Fortalecimento do Acesso à Justiça.

Houve ainda atualização sobre as reclamações que tramitam no Supremo Tribunal Federal que tratam do recebimento de honorários advocatícios por parte da Defensoria Púbica da Bahia: a reclamação 68.391 e a Reclamação 69.080, respectivamente.

Por fim, o relatório de gestão da diretoria relativo ao primeiro semestre foi apresentado. O material relata as principais políticas e os resultados mais importantes obtidos nos últimos seis meses. Todos os assuntos estão contextualizados de forma sintética e apresentam informações, números e narrativas que revelam as transformações ocorridas no cenário institucional.